sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ameaça de greve geral no final de fevereiro em Israel

Por Romandie News 12/02/2011 às 12:37




JERUSALÉM - A central sindical Histadrout anunciou quinta-feira um "conflito laboral generalizado", o primeiro passo para uma greve geral, após o fracasso das negociações convocadas devido a um aumento significativo do custo de vida.

"A Comissão de Coordenação decidiu enviar na próxima semana um aviso da greve que terá efeito dentro duas semanas", disse à AFP um porta-voz da central.

"A Histadrut também decidiu implementar uma série de manifestações em locais chaves na próxima sexta-feira", acrescentou.

Ela disse que o aviso prévio, afetando tanto o setor público e privado, deve ser apresentado pelo secretário-geral da Central, Ofer Eini, após o fracasso das negociações de quarta-feira com o Tesouro eo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A central reivindica o cancelamento dos aumentos previstos para o preço do pão, da gasolina e do imposto sobre o consumo de água. Exige também que o Tesouro confirme a fixação do salário mínimo em 4.300 shekels (cerca de 800 euros).

"Grande parte da população israelense vive no limite, e que o primeiro-ministro deve anunciar o aumento", disse Eini, disse quarta-feira.

Esse aviso prévio é uma reação diante do grande aumento de preços observado nos últimos meses, especialmente para o pão (10%), gasolina (13%), água (134%), habitação, transporte, isso fora o aumento generalizado dos impostos indiretos.

O governo planeja novos aumentos na gasolina, água e pão, por causa do aumento do custo da energia e dos cereais no mercado mundial.

No entanto, de acordo com seu projeto econômico ultraliberal, o governo vem reduzindo os impostos diretos sobre os indivíduos e as corporações, uma medida que beneficia os mais ricos.

Confrontado com o descontentamento popular, Netanyahu deverá anunciar quinta-feira uma série de medidas para reduzir o impacto desses aumentos.

Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), do qual Israel aderiu em Maio de 2010, o PIB israelense cresceu 3,9% em 2010 e deve crescer 4% em 2011 e 4,3% em 2012.

Mas esse crescimento é acompanhado pelo alargamento das desigualdades.

O número de pobres em Israel aumentou em 123.000 pessoas (dados de 2009) em comparação ao ano anterior, devido à crise econômica, disse segunda-feira o Instituto Nacional de Seguros.

1.770 mil israelenses vivem abaixo da linha da pobreza em uma população de 7.600.000 habitantes (dados de 2009), contra 1,65 milhões (dados de 2008). Entre os pobres, 850.000 são crianças na faixa de dois a cinco anos.

Em Israel, um casal é considerado pobre com um rendimento médio mensal abaixo de 3.630 shekels (1.000 dólares).

Segundo relatório emitido em outubro pelo Israel Central Bureau of Statistics, a desigualdade de renda é maior em Israel do que nos 27 países da União Europeia (UE).

O rendimento médio de 20% dos israelenses com maiores rendimentos é sete vezes e meia maior do que o da fatia dos mais desfavorecidos.

fonte: http://goo.gl/e02Cr

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