Em 1 fevereiro, a Exxon Mobil, maior empresa de petróleo dos Estados Unidos, reportou queda de 23% no seu lucro do quarto trimestre, gerando aflição em seus acionistas.
Já em 29 de abril sua receita atingiu US$ 90,25 bilhões, em um crescimento de 41% sobre o desempenho registrado no primeiro trimestre de 2009. Até aí, tudo bem. O problema é que, ao contrário das aparências, essa tendência pode não se manter pois a Exxon foi beneficiada pelo aumento do preço do barril de petróleo nos últimos 12 meses, de US$ 33 para US$ 80, e pelo aumento da produção em 4,5% desde o primeiro trimestre de 2009.
Na crista do pior tsuname econômico dos últimos 70 anos, o consumo de petróleo e derivados vem caindo vertiginosamente nos EUA, e as refinarias não conseguem repassar o aumento dos custos dessa commodity para os consumidores.
Numa jogada de desesperado golpe publicitário, a Exxon aposta altas fichas no seu arriscado contrato com a Synthetic Genomics, o tenebroso projeto de 600 milhões de dólares para gerar biocombustíveis a partir de algas.
Do ponto de vista puramente científico, segundo Jim Collins, bioengenheiro da Universidade de Boston, a tal "célula sintética" de Craig Venter não passa de "um organismo com um genoma sintetizado natural que não representa a criação da vida a partir do zero nem a criação de uma nova forma de vida".
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